quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Girassol

E por me despetalar me renovo,
Por um momento teu rosto não roço;
Já não me assemelho à imagem da flor,
Porém, ainda hei de seu cheiro repor.

Por meu destino ser um helianto*,
que ao Sol, sublime bem quer tanto e tanto,
Eu me deixo renovar minhas pétalas
Cada sonho de mim, todas as células.

... E se a morte de mim-flor for destino,
Final ato que com olor assino,
Deixo em ti minha formosa lembrança.

Pois até onde teu coração alcança,
Sei: não haverás tu tão cedo olvidar
Da flor que fui debaixo do luar.

 

-Muyrá