O coração humano é uma estrada tortuosa e cheia de atalhos, é um longo e estranho caminho.
Quando se pensa ter chegado ao destino, descobre-se que sequer saímos do lugar.
Quando se quer estacionar, parar ou descansar, descobre-se que lá fora chove e faz frio.
Nessa estrada há um vento que sopra forte, que levanta o pó e que te impede de enxergar.
Andamos por ela como cegos tateantes, como errantes desconhecidos, tropeçamos entre nós, nos tocamos, nos amamos, apaixonamo-nos e odiamo-nos, rimos e choramos, mas não podemos parar .
Nos arranhamos nos espinhos na beira dos caminhos, somos socorridos por outros corações também aflitos, descobrimos doçura em meio ao vento e amargor na calmaria.
Descobrimos desconhecidos e amamos o que desconhecemos.
Encontramos os perdidos e nos perdemos em nós mesmos.
Estranha estrada é essa , estranhos caminhos há em nossos corações, estranhos invasores, estranháveis afetos, estranhos amores, estranhíssimos caminhos, estranhos , estranháveis estranhíssimos, são todos esses que caminham por aí.
O coração humano é mesmo um desconhecido caminho de dor e de prazeres, de desejos e torturas, de sonhos e realidades, de angústias e temores.
Mas ainda assim, deliciosa é a caminhada e a esperança de um dia chegar ao fim.
-Muyrá
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