quinta-feira, 17 de novembro de 2016

A Irracionalidade do Amor

A conclusão a que eu chego, meu querido,
É que tu és a vertente mais irracional da minha vida
Uma vertente demasiado tangente,
Para que possa não ter sido calculada
Cuidadosamente...

Eu não consigo, então, entender
Por que razão tu me deixas o coração,
Neste sem fim de arder,
E, porque tu fazes-me sentir-me carmim,
E com a minha Alma, assim, descompensada...

Como hei de eu perceber, então,
Por que razão tu me causas tal sensação
Tão abismal
Mas tão visceral...
Tão humana, mas, tão animal
Que me deixa, de antemão, vidrada...
Completamente abasbacada...

E qual o porquê deste sentimento, que eu tenho por ti,
Ora, magistral, ora, de pecado,
Como outro, assim especial, eu nunca antes vivi
Ele é tão doce, mas tão complicado,
Pois, que ele é tão velado, como celestial...?
Ele tem um trinado fenomenal...

E eu fico, cá, a me perguntar, afinal,
Porque eu te vejo, essa pessoa tão especial
Porque o teu toque me fez sentir, assim,
A voar...
Por um mundo tão irreal,
E neste frenesim, sem parar...

Porém, um Mundo tão apetecível
Onde o amor é a única lei credível, que ele tem
E o teu beijo a sua única grei
A tua Alma um elixir luxuriante
Que, ao meu coração, faz bramir
Neste seu estado de paixão exuberante

É..., eu tenho que convir
Que eu não consigo entender
Que eu não consigo minimamente discernir,
O que tu fazes, em mim, acontecer...

Eu não consigo compreender o porquê
De, num mundo, onde tanta coisa emocionante se vê,
E segundo o semblante que convém
Que, para mim, não haja nada mais sonante,
E que eu não consiga, para além de ti, ver mais ninguém...

(A.F) -Muyrá


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